Notícias

Traders adotam autocustódia e reduzem riscos para o Bitcoin

O Bitcoin tem estado em destaque recentemente, alcançando uma nova máxima de US$ 118 mil. Na última sexta-feira (11), a criptomoeda estava cotada a US$ 117,5 mil, o que representa uma alta de 5,5% só naquele dia e de 8,9% na semana. Isso mostra que o rali do Bitcoin ainda não deu sinais de que está acabando, especialmente porque muitos traders estão optando por manter suas moedas em vez de vendê-las.

Essa leitura foi feita pela Santiment, uma plataforma que analisa o mercado cripto. No dia anterior, o preço do Bitcoin havia sido de US$ 113,9 mil, apresentando um pico intradiário bem próximo da resistência de US$ 119 mil. Os dados indicam que, apesar da valorização de 13,6% desde a mínima de 22 de junho, muitos investidores estão apostando em segurança e transferindo suas moedas para carteiras pessoais, ao invés de deixá-las em exchanges — onde poderiam ser vendidas.

Nos últimos meses, as transferências de Bitcoin para exchanges caíram significativamente, com uma redução de cerca de 315.830 Bitcoins (-21%) nos últimos quatro meses. Olhando para um período ainda maior, desde julho de 2020, quase 1,88 milhão de Bitcoins deixaram estas plataformas, o que equivale a uma queda de 61%. Isso dá a entender que os investidores estão se sentindo cada vez mais confortáveis em armazenar suas criptomoedas longe de intermediários, o que, segundo a Santiment, pode ser um sinal de que o mercado está mais seguro contra quedas abruptas.

O crescimento deste ativo acontece em meio a notícias econômicas mais otimistas nos Estados Unidos, que aliviaram os temores de uma recessão imediata e impulsionaram a valorização de ativos como o Bitcoin. Recentemente, foi divulgado um relatório do Departamento do Trabalho que indicou uma queda nos pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada em 4 de julho, totalizando 227 mil, bem abaixo das expectativas de 235 mil.

Além disso, o Bitcoin parece ter ignorado novos anúncios de tarifas propostas pelo governo americano, que incluem o Brasil em uma alíquota de 50%. O presidente Donald Trump fez esses anúncios em resposta a tensões políticas. Analistas indicam que essa indiferença do mercado em relação a tarifas pode perdurar até que haja efeitos concretos, deixando os investidores menos preocupados.

Em resumo, o cenário do Bitcoin está cheio de otimismo, refletindo um mercado que busca segurança e uma possível valorização contínua em meio a uma economia em recuperação. Os investidores estão mostrando resiliência, mesmo com as notícias menos favoráveis que possam surgir.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo